Nessas
tristes tardes
Debruço-me
sobre a janela a colher jambos.
Infinita
tristeza de jambos amarelos
Jambos
verdes, jambos vermelhos.
Flores dançam
ao léu,
Vermelhas
pétalas de aurora.
Cobrem
calçadas,
Cobrem o
colete dos soldados cancioneiros.
E há sabiás
de peito avermelhado:
Recolhem
rosas no céu.
Recolhem
minha tristeza
Amarga
tristeza: risos de outrora.
Hoje, já não
mais giram e quando giram
Não retornam
essas aves retardatárias.
Memórias
esguias.
E resta o
silêncio, insólito silêncio:
Escada de
pedra
Cravada no
peito.
Onévio Zabot
Nenhum comentário:
Postar um comentário