30/07/2011

SONETO LÍRICO


Escuta, ó minha amada, o tempo nunca pára
e o sorriso mais puro definha e emurchece.
Quer seja alma generosa ou seja alma avara
quer seja anjo ou demônio, seja choro ou prece.

quer seja dia escuro, seja a noite mais clara
quer seja o ódio que mata ou amor que enlouquece
o destino cruel para tudo preparar
o seu sopro fatal que aniquila e emudece.

Escuta, pois,ó amada, meu apelo enorme
acorda em tua alma teu desejo que dorme
e dissolve em meus braços teus sonhos fatais.

Vivamos com avidez o minuto que passa
amemo-nos por hoje, que é tudo fumaça
e nós dois amanhã não existiremos mais!

Álvaro Pacheco
In A Balada & Outros Poemas Artists
tela / Hassam / July Night

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