28/03/2013

O MENINO LOUCO




Eu te paguei minha pesada moeda,
Poesia...
Ó teus espelhos deformantes e límpidos
Como  a água! Sim, desde menino,
Meus olhos se abriram insones como flores no escuro
Até que, longe, no horizonte, eu via
A Lua vindo, esbelta como um lírio...
Às vezes numa túnica de Infanta
Sonâmbula...Às vezes virginalmente nua...
E era branca como as nozes que os esquilos
                                   descascam na mata...
Pura como um punhal de sacrifício...
(Em meus lábios queimava-se, ignorada, a palavra mágica!)  
 
Mario Quintana
In Apontamentos de História Sobrenatural 
tela  Pietro A. Rotari 

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