Noite! Cesse
o teu ar imoto e quedo!
Quero manhã! todos os sons que vazas!
Fujam do
ninho ao lépido segredo
Todas as bulhas de reflantes asas.
Sol! tu que a terra fecundando a abrasas.
Desce da
aurora em raio doce e a medo,
Todas as luzes travessando o enredo
Diáfano e leve das nevoentas gazas.
Telas festivas deslumbrai- me a vista!
Cantos
alegres desferi- me em roda
Em toda a luz, em todo o som que exista.
Em toda a luz, em todo o som que exista.
E a natureza toda em harmonia,
Iluminada a natureza toda,
Surja gloriosa no raiar do dia.
Emilio de
Menezes
De Versos
Antigos
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