
Foto de Victor De la Rocha
ÚLTIMAS PALAVRAS DE UM JARDINEIRO
Flor, bela flor,
não te rebaixes
abandonando-te
a uma consciência,
Porque te negas
se te reclinas
no seio dela
ou noutro seio,
Mas é preciso
que tudo humilhes
com tua graça
só objetiva,
Com essa graça
que não consiste
em desistir
p’ra ser mais dom,
Mas em ser calma
e fortemente
a própria essência
insubstituível,
Queda-te flor,
agora e sempre:
Se o mundo te ama,
que se florize!
Armindo Trevisan
In A Sala do Mundo
Um comentário:
Armindo Trevisa - hoje poeta otagenário ao lado de Ferreira Gular e Nauro Mota(ambos maranhenses) - , o conheci na década de 1070, em Santa Maria(RS). Brilhante, trocava correspondência com Drumond, juntamente com outro Trevisan - Dalto de Curitiba - cidades do vampiros. Tive o privilégio de ler poemas originais, escritos em máquinas de datilografia. Buracos na parede, fruto do ritmo dos pés ao escrever poemas; uma curiosidade inesquecível
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