26/12/2008


Foto de r.moreira32

Verte rosas teu rosto vês mudado
no tempo rasto de tecíveis horas
teu sentido ou cuidado tido dado
por ti de quem não sabe como foras

Amor porque no circo só ferência
alguém de algum não disse lei nem quando?
Mata-me tanta vez quanta violência
é violeta ou é a letra desviolando.

Luminados assombros sombras íveis
por onde Amor? por onde que remorsos
nascem dos dedos harpas retangíveis?

Verte rosas teu rosto vês possíveis
uma a uma tuas lágrimas dos nossos
dias mal soletrados e ilegíveis.

Maria Alberta Menéres Melo e Castro
In Os Mosquitos de Suburna

Nenhum comentário: