09/01/2009
Foto de bocavermelha
SOLIDÃO EM DEUS
Estou sozinho com meu Deus, que espanto,
ó câmaras da mente! Companhia
nem de homens nem de arcanjos caberia
na tumba-solidão que oprime tanto.
Estala-me nos ossos. No amaranto
do meu sangue desboca.Gritaria
me punge em nervo vivo.Pena fria,
há seu sabor nos sais deste meu pranto.
Na solidão de Deus: amor? amigo?
Nem pai nem mãe.Sou aço: ele é o pólo.
Cravados nele, o tempo e o nome somem.
És fúria e espanto, em solidão, comigo,
meu duro Deus, meu forte Deus, meu só
Deus, desmedida solidão do homem.
Odylo Costa Filho
In Notícias de Amor
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