01/03/2009
Foto de Alfredo Rúperez
II
És a canção mais pura. O fruto rindo
Nas árvores da aurora. O céu perdido...
És o beijo da infância, o afeto lindo
Já na loucura desaparecido.
Fogo e febre no mar...Velas se abrindo
Para o afago da paz...Chego vencido
E vou colher o amor (sonhando e rindo)
No corpo morto e frio e retransido.
Canta, perfume das manhãs! Eu quero
Me transfundir na luz, ser riso ou asa,
Ser melodia sobre um mar aflito...
És amor que me faz puro e sincero,
És a sombra do céu na humilde casa
Onde colhi o sangue do infinito.
Alphonsus de Guimaraens Filho
In Sonetos da Ausência
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