01/03/2009
Foto de Freeparking
ENTRE PARÊNTESES
Passam lêmures desse mundo oculto,
Que anda em torno de nós, que nós não vemos;
Grandes deuses, espíritos supremos,
Vinde mostrar-nos o formoso vulto.
Ai! ao incrédulo duro, ao pobre estulto,
Que quer por vós morrer fazendo extremos,
Desvendai-vos enfim, que nós vivemos
Na dúvida e um terror, que exige indulto.
Aclarai-vos, mistérios superiores:
Tendes a lança contra nós em riste,
Há dor demais, poupai-nos a mais dores;
Dizei-nos, pois, se aí, há se acaso existe
Um céu, de que não somos sabedores,
Que a triste vida torna ainda mais triste...
Luís Delfino
In Melhores Poemas
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