28/03/2009
Foto de luciano_jus
POESIA
Triste lago envenenado
pela dor e pelo tédio,
pelo limo concentrado
no fundo da água sombria.
Irmão da melancolia
dos que sofrem sem remédio.
Ninguém que o visse parado,
envolto num denso véu,
o julgaria talhado
a usar um manto de cores.
(Os versos, a luz e as flores
são dons que chegam do céu.)
E na água quieta do açude
um aguapé
floresceu.
Por mais pobre, por mais rude
seja esta ideia vazia,
o aguapé é a poesia
e aquele açude sou eu.
Oliveira Ribeiro Neto
In Cantos de Glória
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário