20/04/2009
Foto de LiefPhotos.com
XI
Amei a tarde plena
de navios, ruas estreitas,
becos largos sonhos,
a tarde cheia do destino,
temporais da infância,
amei a tarde de olhos e narizes e bocas
na praça aberta de meu tempo interior,
a tarde cheia de esperas,
encontros, outras tardes,
a palavra inventando teu pássaro rosto
sentado no tempo,
vago na queda,
pronto no voo.
Ponte onde te vi passar,
onde as águas de um rio passam
e passa um barco todas as tardes,
meu coração preso
entre as tábuas do fundo,
Eu te arrebatarei numa hora qualquer,
lampada efêmera das águas.
Sim, eu te vi, te vejo,
te verei, Alma da Tarde.
Lindolf Bell
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Um comentário:
Pesquisando por fotos de Cemitério no Google encontrei por acaso seu blog.
Adorei os escritos que divulga aqui.
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