um sopro
ninguém viu
de onde vem
ninguém sabe*
aonde vai
um vírus
quase
nada
um
ponto
na
enseada
um quantum
envieza o olhar
uma artéria
e Roma não tem bocas
e Inês é folha morta
um dedo de luz
na chuva oblíqua
um arco de cores
instala
um vôo desanda a rota
ninhos desovam
um triz
frio polar
oceanos que resvalam
torres se movem
pés desarvoram
espelhos que descamam
não consigo me achar
um mínimo
e já não me sou
de repente
algo me sonha
Fernando Campanella
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tela Vasily Alexandrovich Kotarbinsky
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