19/05/2009

ANIMA




Há um momento de errância
da distância que abres nos ventos.
É quando te chamo
E não me atentas.

Há este tempo em que me deixas,
tua sombra espúria
singrando a dormência dos lagos.

Mas meu sol de novo te acende
em algum instante
quando a alma de novo
consentes.

Não vês que mudo a sorte
que tenho a senha dos tempos

e que os gansos de longe
agora em teu verão adentram?

Então,
de teu cinza- morte
tua paisagem
é toda agora canto
e procriação.

Fernando Campanella
In PalavreAres- Poemas,Crônicas & Imagens
foto de lcloss

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