17/05/2009

AMAR



Vive em mim o pristino verbo
que os revezes da sorte
jamais suprimiram
ou lograram apagar.
Murmuro seu nome
tão límpido e lato
quando a alma da noite,
despida do mundo,
dentro de mim cresce.
Bebo então de suas gotas
de seu orvalho refratado

e como um velho vinho me sinto
a espuma boa derramada do odre.

Fernando Campanella, 1990
In PalavreAres- Poemas,Crônicas & Imagens
tela John Duncan (1866-1945), "Tristan and Isolde"

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