Ora enigma, e oráculo, ora reminiscências de Li Po; ora aridez, e tentáculo, ora floreado barroco, ou de uma 'art noveau', a lua em três tempos, seus motos e motivos em mim:
A lua é um criptograma.
Decifra-me - diz ela
à minha metade analítica
e trôpega.
À minha outra porção,
mais distraída
ante o mistério das coisas,
ela sussurrra apenas:
bebe de meu halo e sonha.
Fernando Campanella, 1992
Lua retrô
De Kioto
Da monja implume
De mel
De meu silêncio oco
Lua nouveau
Do esgoto
Do vaga-lume
Da sarna ardente
Do ovo choco.
(Fernando Campanella,março de 2009)
Lua, lua, lua,
três vezes giro
para retornar
à fria estática
de teu silêncio
(nada, nada, nada
senão eco
reflexo
de meu pensamento)
(Fernando Campanella, Maio de 2009)
by PalavreAres- Poemas,Crônicas & Imagens
foto de JamesWatkins
Nenhum comentário:
Postar um comentário