25/07/2009

QUE C’EST TRISTE VENISE


Que triste, Veneza
sem suspiros e barcarolas;
que insípidos, os segredos
sem botões nem corolas.
obscura, toda canção
sem teus ouvidos comigo
e o teu sonido de auroras.
O amor é redundante
e demanda que aos meus labirintos
mil vezes eu propale:
sem ti,
sou cidade fantasma,
bicho em maltrato -
silêncio em esporas.

Fernando Campanella
In PalavreAres- Poemas,Crônicas & Imagens
tela Sergei Chepik

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