14/09/2009


by Carol Sharp

MEIO-SONO

No meio-sono
o poema se desenrola
toma formas estranhas
em palavras que saltam
(desarrumadas)
dos versos completos
para outras linhas
(sem lógica)
apoiadas em força estranha

Onde o pensamento original?

A primeira idéia
furou pálpebras fechadas
criou luz inesperada
esbateu-se na noite
fugiu do poema

O verso incontrolado
impôs sua força
sorriu do poeta
surpreendido
impotente
feliz

Mauro Salles
In Tilápia Galiléia

Nenhum comentário: