
by Carol Sharp
MEIO-SONO
No meio-sono
o poema se desenrola
toma formas estranhas
em palavras que saltam
(desarrumadas)
dos versos completos
para outras linhas
(sem lógica)
apoiadas em força estranha
Onde o pensamento original?
A primeira idéia
furou pálpebras fechadas
criou luz inesperada
esbateu-se na noite
fugiu do poema
O verso incontrolado
impôs sua força
sorriu do poeta
surpreendido
impotente
feliz
Mauro Salles
In Tilápia Galiléia
Nenhum comentário:
Postar um comentário