03/09/2009

APRENDIZ


E agora costuramos nossos jogos de bem-me-quer, não-me-quer, fase em que nos alinhavamos no infecundo círculo da incerteza emocional. Arriscamos aqui mergulhar em um abismo sem fim, sem pausa para retomarmos nosso ar, para inspirarmos, eu sem você, você sem mim, as isentas, vitais alegrias que eclodem à luz do dia. (Ah, angústia de amor jamais suprido, mar de vai-e-vens descomunais) Mas o aprendizado da alma é bem assim, dizem os doutos sábios: mergulhar, mergulhar, e subir. Então sou aprendiz de mim.

Fernando Campanella
In PalavreAres- Poemas,Crônicas & Imagens

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