06/09/2009

COM AROMA A CEDRO



Dispus a madeira dos versos
junto a um carpinteiro
em sua atribuição usual.
Entregamo-nos a nossos ofícios
e sentimos o aroma do cedro,
assim como o das palavras
em mais raro primor talhadas.

Quem dera também eu pudesse
no sétimo dia descansar meu intento
como o bom carpinteiro

ou talvez como abelhas
no aconchego da arquitetura final.

Fernando Campanella, poema XVII
da série 'O Eu Confesso'.
In PalavreAres- Poemas,Crônicas & Imagens

Nenhum comentário: