06/10/2009


Foto de 阿剑 no Flickr

NÃO ESCOLHO NADA DEIXO-ME VESTIR

Não escolho nada deixo-me vestir
Pela música discreta que tacteia
Meu corpo em sua breve caminhada.

Não desejo nada consinto apenas
Que a dor me visite e a jovem ceifeira,
Mãe das coisas todas, me seduza.

Não escolho nada nem sequer o vaso
Onde me derramo devagar
Como se fosse água, ou leve lume.

Casimiro de Brito
Na Via Do Mestre

Nenhum comentário: