10/11/2009


by enluarada.files.wordpress.com

CHUVA

Chuva morna, chuva de verão
Borbulha de árvores e arbustos.
Oh! Como é bom e cheio de bênção!
Uma vez mais sonhar de verdade!

Quanto tempo fiquei aqui fora,
Quão estranha esssa sensação:
Habitar a própria alma,
O estranho, sem atração.

Nada quero, nada peço.
Baixinho cantarolo sons de criança,
E, surpreso, chego ao berço
Dos sonhos quentes de folgança.

Coração, como estás machucado
Porém feliz, remexendo cegamente,
Nada pensar, nada saber,
Respirar e sentir, somente.

Hermann Hesse
In Caminhada

Nenhum comentário: