17/11/2009
Foto de Bakkerty Jap
LINGUAGENS
Notei que o vôo negro da hipálage
não tinha o mel dos lábios da metáfora,
e mais notara, se não fora a enálage,
e mais voara, se não fosse a anáfora.
Chorei dois oceanos de hipérbole,
duas velas cortaram a metonímia.
O pé da catacrese já marchava
no compasso toante dessa rima.
Verteu prantos a anímica floresta,
mas entramos dentro do pleonasmo,
‘stamos em pleno oceano da aférese...
Vai-se um expletivo, outro e outro mais...
Os poetas somos muito silépticos;
os poemas, elípticos demais.
Antonio Carlos Secchin
In Jornal da Poesia
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Um comentário:
Olá amiga,
Que fotos lindas!!! e que lindo poema!
Fiquei encantada com seu blog!
abracos,
Márcia
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