28/11/2009
SERENIDADE
Tu me ensinaste a amar mansamente,
Sem espera,sem pressa, sem angústia,
Amor que não exige,
Amor que não reclama,
Amor que nem se atreve mais
A repetir que ama,ama,ama...
Tu me ensinaste a amar mansamente,
Em silêncio, serena, imóvel,calma.
Como te chamarei,
Amor de quietude,
Amor que nem se atreve mais
A esperar,amor que não se ilude...
Mas é tão falsa essa serenidade,
Tão frágil,inútil,mascarada,
Que mal resiste a um riso teu
E já se sente amada!
De novo, um turbilhão me invade a alma,
A agitação me possui, viro tormenta,
Mar que te anseia e arrebenta
Em tua paz...
Depois, voltando à calma,
O meu amor se recolhe,
A mansidão perdura,
E serena,amando espero,
Teu novo gesto de ternura...
Mila Ramos
In Pé de Vento
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