01/04/2010

CONTOS DA LUA



lua, lua, lua,
três vezes giro
para retornar à fria
estática de teu silêncio
(Fernando Campanella)


I

após a chuva
a lua em bruma
expele um halo

e na lagoa rasa
passo a noite
engolindo os sapos

II

a lua banha o rosto
na lagoa

- peixes miúdos
transparecem
nesse oceano ralo

III

resguardo os amantes
estanco as ondas
e as marés -

no conto da lua
esta noite
claramente eu não caio

Fernando Campanella
In PALAVREARES
foto por allybeag

2 comentários:

Andy disse...

Tenho uma profunda admiração/ligação pela lua...
o seu blog é sempre lindo!

Fernando Campanella disse...

Obrigado, querida amiga, agora que vi meu poema aqui. Fiquei feliz com o carinho, com a escolha. Bjos.