08/04/2010


foto by Tato C

MANHÃ E POEMA

Reverberações da frescura do ser,
Do direito de amar,
Da maior fração da vida bem ou mal
Vivida:
Os cegos vêem e Deus se extasia no que fez.

O poeta tira a palavra dicionária, com travo,
E vai, e apunhala o próprio peito,
Para o grito surdo de uma dor que dorme.

O poema é o silêncio e o trovão,
Quando o raio da palavra espedaça o nada.

A manhã se clareia para que a nau/tureza
Trabalhe e acenda a vida no peito de cada.

A manhã é um poema que se desvirgina
Para que a vida e o movimento se declarem
Canção.

Francisco Miguel de Moura
In franciscomigueldemoura.blogspot

2 comentários:

CHIICO MIGUEL disse...

Para
Gotas de Poesia e Outra Essências:

As outras essências eu sinto de longe, nos seus olhos, nos seus gestos quando fazem a generosidade de divulgar tanta poesia da melhor.
Fiquei quase deslumbrado ao ler a minha. Meu Deus, que arrepio de felicidade, que respiração com cheiro de tantas essências, que gotas maravilhosas!
Obrigado, obrigado.
Abraços carinhosos do

francisco miguel de moura

Dione Coppi disse...

Poeta, a honra é minha de tê-lo por aqui.
Fiquei muito feliz com sua visita.
Beijos