22/08/2010
ECO
Vem no silêncio, a mim, no anoitecer,
Vem no silêncio vívido de um sonho;
Vem, face curva, afável, vista a arder
Como em riacho o sol risonho;
Volte com olhos lacrimados
Ó anelo, espera, amor de anos passados.
Quão doce sonho, tão doce amargar
Cujo acordar seria o Paraíso,
Onde almas pairam plenas em amar;
Cada olho sequioso em sobreviso
Vigia a lenta porta abrir
E que permite entrar, jamais sair.
Venha em sonhos a mim, possa eu viver
Deveras outra vez e em morte fria;
Volte em sonhos que eu possa oferecer
Pulso a pulso, arrepio ao arrepio:
Fale terno na terra escora
Como outrora amor meu, tal como outrora.
Christina Rossetti
tela by George Cochran Lambdin
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2 comentários:
Doçura de poema, querida amiga...
Bjs, boa semana!
Concordo com você,Flor...obrigada pela visita...beijo
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