23/12/2010

DEZEMBRO























Pesa no céu da tarde esta alegria
das nuvens de dezembro. O' silêncio de quando
as nuvens ressuscitam os gestos fabulosos
outra vez revelando a frágil eternidade
que se esfuma em translúcidas imagens.

Crescem no céu as asas que se entregam
aos rumos de dezembro. No ritmo dos rumos
fica o sinal de partida, a inquieta ventura
de explorar finalmente a solidão do azul.

De seu breve mistério a flor soluça
pela noite de estrelas afanosas
pelo amor noturno e os desejos inúteis
de dezembro a dezembro.

H. Dobal
In O Tempo Inconsequente
tela de Vincent Van Gogh

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