21/12/2010

METAMORFOSE



A noite de outrora silencia.
Pelas mãos do destino se cala
até que surja um novo dia
no seu coração, para um regresso  à fala.

Podem ocorrer seres desnudos
vagos tristes seres de segredos,
carregando o peso do mundo
em seu fardo de medo.

À noite não importará esta brusca espera
até que passem as trevas sobre a matéria
quando a Divindade retém o julgamento.

A metamorfose da própria vida
transforma a dor de uma  ferida
no mais sincero dos depoimentos

Maria Lúcia Siqueira
In Asas ao Anoitecer

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