23/01/2011

LAMENTO





















Quando adoece um poeta murcham flores e o céu enevoa-se de cinza de todos os amores
- um mingua aquele que ama o Sol depois da Lua

A vista lacrimeja ao sofrimento e perde-se no mar
eflúvio vasto o refúgio da água sem represa movida pela chama de um lamento

Na doença quem não sente a sua dor
quem não dedica um verso solidário quem não reza uma oração de compaixão?
De cada vez que um poeta fica enfermo e algum tempo depois se reanima
o mundo compõe uma nova rima.


Daniel Cristal
Blogger Poesia Portuguesa
Tela  Marsden  Hartley / Wild Roses

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