12/01/2011

QUE PASSA...



Tua beleza, inconsciente de si,
me puxa em seus encantos
para o seu leito.

Mas o que fazer de tua beleza
senão enquadrá-la em vaso
para nutrir a mesa

senão sofrer/gozá-la em doses
de venenos súbitos e densos...

Como um jardineiro de ventos
prefiro ver-te
eras galgando muros
ervas tecendo pastos
ou aérea flor da memória.

Amar tua beleza, não mais,
como cor que não apreendo
rio que não estanco
e que passa...

Fernando Campanella
Blogger Palavreares

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