Lembra o rio,
laço trançado,
soberbo cavalo
de crinas brancas,
a galope.
Nele a rebeldia
põe esporas e poncho,
carrega a neblina
nas abas do chapéu,
a galope.
Alguém o espera,
longe da terra,
em pleno mar,
gaivotas douradas,
a galope.
Vai o rio
afagando às matas,
apegado em tuas mãos,
a galope.
Peixe aos pobres,
leva aos cestos,
assenta o sossego
dos barcos,
a galope.
Longos ou pequenos,
todos os rios
na brancura do caminho,
na trilha do tempo,
a galope.
Onévio Zabot
In Arco de Pedra
foto por Jhetson
2 comentários:
Olá!
Você conhece alguma poesia de Candeias Nunes?
Obrigada!
Lindo Dione... me fez viajar, num barco pequeno, enquanto vejo o sol caindo e os pescadores voltando, com suas redes carregadas ou vazias.
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