12/01/2012

IMPRONUNCIADO



Calemo-nos. O amor
se alimenta  silêncio.
As nossas mãos, os corpos,
a alma e estes verdes,

que, pelo monte, manam
e do cristal o peso
que sustamos,nascendo.
E o que, planos,plantamos.

E o só calar é amor.
E nós nos depuramos
no ileso, no secreto,

no mais: aquele espesso,
onde não somos nós
mas somos o silêncio.

Carlos Nejar
In Sonetos

  

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