Quero ficar só,
para respirar a estrela.
Deixar a noite escorrer a mágoa,
dissolvê-la em enxurrada.
Não deixar nada a comprimir o peito.
Quero a madrugada de tal jeito,
que a alma possa flanar sem pouso certo
e sugar o primeiro brilho esperto
de uma gota.
Beijar a pétala rota
pelo mau jeito de um espinho,
degludir devagarinho
o mel do espasmo nascente.
Quero o orgasmo
do polén, da semente;
eu quero o sumo.
Para recompor a vida,
pra renascer o afeto,
pra retomar o rumo.
Flora Figueiredo
In Florescência
tela Felix Mas
Um comentário:
Amei seu blog as poesias são lindas, profundas e uma forma diferente de se entender. parabens.
Thary de:
Pensando em *Silêncio:http://pensandosilencio.blogspot.com/
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