Estrelas, que loucura e garridice
As vossas danças esta noite tem?!...
E quem, há muito tempo, se não risse,
Vendo-vos rir, deitara a rir também.
Arroios desgrenhados de doudice,
Por entre seixos, que buscais além?
Beijam-se os velhos troncos!...E há quem visse
Fremendo um lírio ao pé de um cecém!...
A noite é um ninho; o amor uma doçura;
E quando a brisa pelo azul murmura,
Soluça o bosque...e há beijos pelo val!...
Deuses e deusas turbulentamente
Passam a rir no laranjal florente...
Ou chora...ouvis?...ou chora o laranjal?...
Luís Delfino
In Melhores Poemas
tela Francisco
Severino
Nenhum comentário:
Postar um comentário