31/07/2012

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Espero que a chuva não pare meu coração.
Houve um dia em que senti uma preguiça imensa
de ainda estar vivo: minhas mãos entre relvas.
Mãos, relvas: percebo que a vida é profunda.
Mesmo sem Deus continuo sagrado.
Sem meu coração não há trens. Sem meu coração
a possibilidade do sagrado é mínima.

Fernando Karl
In Esquina,China
tela Justyna Kopania

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