Da divisão do episódio saudosista
de meus versos, de meus tumultos d'alma,
quem irá se incubir , manter a calma
de dividir minh'alma enigmista?
Quem poderá fazê-lo, tendo em vista
que o verso é sonho e sonho não se espalma,
que a alma é vida e não se vê vivalma
se a vida morre em sombra absentista?
Talvez seja melhor, mais natural,
fazer um testamento inominal
que de meus sonhos lembre a despedida.
Do episódio de meus versos, afinal,
cada um que receba, tal e qual,
o que lhe dediquei de amor em vida.
Ronaldo Cunha Lima
In Sal no Rosto
tela Ron Barsano
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