O ar de tua carne, ar escuro
anoitece pedra e vento.
Corre o enorme dentro de teu corpo
o ar externo
de céus atropelados. O firmamento,
incêndio de pilastras,
não está fora - rui por dentro.
Reverbera no escudo o brilho baço
do túrgido ariéte
com que distância e tempo enfureces.
Teu pisar macio, dançarino,
enobrece os ventres frios,
femininos.
A tua volta tudo canta.
Tudo desconhece.
Francisco Alvim
In Elefante
tela Lauri Blank
Nenhum comentário:
Postar um comentário