Era uma alameda branca,
atapetada de papel de seda.
Não tinha sombras,
cantos escuros,
não tinha muros.
Permanecia.
Até que um dia,
um anjo descuidado
deixou pingar-lhe
uma gota de carmim.
Calou-se o branco
que fora imaculado,
numa aquiescência casta e comovida.
Recolheu-se manso.
... e foi assim que começou a vida.
Flora Figueiredo
In Calçada de Verão
tela Mónica Fernández
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