11/05/2013

ORIENTE




manda-me verbena ou benjoim no próximo crescente
e um retalho roxo de seda alucinante
e mãos de prata ainda  ( se puderes)
e se puderes mais, manda violetas
(margaridas talvez, caso quiseres

manda-me Osíris no próximo crescente
e um olho escancarado de loucura
(um pentagrama, asas transparentes)

manda-me tudo pelo vento;
envolto em nuvens, selado com estrelas
tingindo de arco-íris, molhado de infinito
(lacrado de oriente, se encontraste)

Caio Fernando Abreu
In Poesias Nunca Publicadas de Caio F.Abreu

Nenhum comentário: