26/12/2014

O MENINO LOUCO




Eu te paguei minha pesada moeda,
Poesia...
Ó teus espelhos deformantes e límpidos
Como a água! Sim, desde menino,
Meus olhos se abriram insones como flores no escuro
Até que, longe no horizonte, eu via
A Lua vindo, esbelta como um lírio...
Às vezes numa túnica de Infanta
Sonâmbula... Às vezes virginalmente nua ...
E era branca como as nozes que os esquilos
                                descascam na mata...
Pura como um punhal de sacrifício...
         (Em meus lábios queimava-se , ignorada, a palavra   
                                             mágica!) 
Mario Quintana
                                         De Apontamento de história  Sobrenatural                                        

Nenhum comentário: