25/01/2015

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Desaguam noites. O cansaço dos relógios, a
avenida condutora de espermas futuros.Nos
bordeis, mulheres  afetam carnes. Nos bares,
bêbados convidam ao trago imaculado da 
vadiagem. Nos jardins, insetos rastejam entre 
gosmas, enquanto nos quartos dormem fátuos,
figurativos, salivados em penúrias, muitos na
cidade. Abaixo do sono coletivo, meus olhos 
arremessam condenações, ironias falhas,
vontades de ser outro.Não Rimbaud. Outro
menos corajoso.

Rubens da Cunha
In Casa de Paragens
arte Leonid Afremov    

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