Quando revemos as terras de nossa infância,
certo enlevo, uma ternura nos envolve
e perdemos a noção dos passos no chão.
É um pouco assim como se fossemos levados por uma
nuvem,
ou se deslizássemos sobre as águas,
talvez transportados por um grande e belo cisne, -
um sentimento indefinível, afinal, como um sonho.
É o passado que volta, à infância,
a inocente e sagrada infância que não devemos
afastar,
pois enquanto a tivermos em nós,
é uma possibilidade de salvação que possuímos.
Harry Laus
de O Jardim de Judith
arte Edward Henry Potthast
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