12/11/2008


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DESTINO

Alma do homem, como te assemelhas à onda!
Destino do homem, como te assemelhas ao vento!
Goethe


A alma do homem é como a onda, que erra
Sempre, espumosa ou lisa, ao vento afeita;
Vem do céu, sobe ao céu e desce a terra,,
Segundo a lei a que nasceu sujeita;

Contra o vento que chega se revolta;
Ergue-se, espuma, do alto se despenha;
O vento, que a soprou, passa e não volta...
E a vaga espera que outro vento venha...

Vem outro... mais feroz e mais violento...
Ela cresce de novo e se arredonda ...
Alma do homem, como és igual à onda
Como és igual, destino humano, ao vento!

Francisca Julia
In Esfinges

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