
Foto de nighthawk3
NÁUFRAGO DO AMOR
Venho das tempestades, das tormentas
dos meus sonhos sem bússola e sem rumo,
no naufrágio do amor eu me consumo,
batendo-me entre as ondas violentas.
Tento vencê-las em braçadas lentas,
à espera de socorro me resumo,
no vai-e-vem das ondas perco o prumo
entre espumas serosas, pardacentas.
Resisto aos imprevistos da procela
e em terra firme vejo alguém, é ela!
Suas mãos me acenando em frente ao cais.
Porém, bem perto de chegar à praia,
o meu corpo se esvai, se cansa, esmaia,
tento nadar e não consigo mais!
Ronaldo Cunha Lima
In As flores na janela sem ninguém
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