11/01/2009
Foto de Tauseef Zafar
POEMA ÍNTIMO
Eu adoro as conversas íntimas na noite.
Na voz de minha mãe vivem sombras e o afeto
me faz curvar à mesa e deixar que me envolvam
e me abracem (que paz!) sombras de gestos graves.
Que doce confissão a que faço em surdina:
Eu adoro as conversas íntimas na noite!
Na paz noturna, minha mãe é uma santa e meus irmãos
[conversam na erma sala.
Alphonsus, por que sonhas?
No silêncio as sombras trazem a saudade de outros mundos,
anjos voam levemente na pureza da memória.
Vai,Alphonsus, vai viver uma outra vida, vai viver pelas
[montanhas!
Vai sorrir nas madrugadas na alegria dos povoados,
namorar adolescentes pelas ruas dos povoados!
Ah! a sala e as rosas brancas que agonizam em jarras brancas...
Sonha sempre, Alphonsus, sonha na carícia que te envolve nesta
[sala,no convívio
com os irmãos que lembram a vida e se perfumam de passado,
nesta noite afetuosa como a tua mãe velhinha...
Alphonsus de G.Filho
In Água do Tempo
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