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O GATO
Mais que acesa, a vigilância
Dos olhos se abre na noite.
Há sofrer de um medo errático
Nesse andar pelos telhados.
Contra quem, punhal gritado,
Fere o silêncio noturno?
Vejo-te todo eriçado
Em frente aos dentes de um cão.
Agora a manhã dealba
Por sobre roxas vigílias
Sangrando o pardo de claro.
Reina paz no amanhecer.
Vêde-o, negro, em muro branco,
Levando a noite no pelo.
Jorge Medauar
In A Estrela e os Bichos
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