17/10/2009


by Isidore Verheyden

POEMETO

Caia sobre mim
Teu desdém de ouro.
O sol que adivinho
Nas marés do olho.

Caiam sobre mim
Teus claros assomos.
Teus seios de trigo
Teu sabor de gnomos.

Teus olhos são líquidos
Como a flor dum poço.
De esperanças vivo

De incertezas morro.
Caia sobre mim
Teu desdém de ouro.

Francisco Carvalho
In Dimensão das Coisas

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