30/01/2010


Foto de aledue no Flickr

XI

Para António Nobre, à maneira do mesmo

Contigo fiz, ainda em menininho,
Todo o meu Curso d'Alma... E desde cedo
Aprendi a sofrer devagarinho,
A guardar meu amor como um segredo...

Nas minhas chagas vinhas pôr o dedo
E eu era o Triste, o Doido, o Pobrezinho!
Amava, à noite, as Luas de bruxedo,
Chamava o Pôr do Sol de Meu Padrinho...

Anto querido, esse teu livro "Só"
Encheu de luar a minha infância triste!
E ninguém mais há de ficar tão só:

Sofreste a nossa dor, como Jesus...
E nesta Costa d'Africa surgiste
Para ajudar-nos a levar a Cruz!...

Mario Quintana
In Poesias

Um comentário:

MOISÉS DINIZ disse...

Olá! Passei por aqui pra ver como você está...