Foto de Camile_Q no Flickr
XXXVIII
Bendito seja o mesmo sol de outras terras
Que faz meus irmãos todos os homens
Porque todos os homens, um momento
[ no dia, o olham como eu.
E nesse puro momento
Todo limpo e sensível
Regressam lacrimosamente
E com um suspíro que mal sentem
Ao Homem verdadeiro e primitivo
Que via o Sol nascer e ainda o não adorava.
Porque isso é natural mais natural
Que adorar o ouro e Deus
E arte e a moral...
Fernando Pessoa
In Poemas de Alberto Caeiro
2 comentários:
"É a possibilidade que me faz continuar e não a certeza. Uma espécie de aposta da minha parte. E embora me possam chamar sonhador, louco ou qualquer outra coisa, acredito que com Deus tudo é possível..."
Um lindo domingo e ótima semana!
abraços
Há um momento em que as diferenças se apagam, e somos um, com a perplexidade, o encanto, a maravilha de sermos criaturas entre criaturas, sob o incógnito, um invisível criador.
Belíssimo poema do Pessoa.
Bjos.
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