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OUTONO
As folhas caem, caem como se,no alto,
lá nos céus, longínquos jardins murchassem
Elas caem de maneira resignada.
Em noites frias a terra pesada
caí, dos astros todos, na solidão.
Todos caímos.Cai aquela mão.
E olha as outras: há quedas também.
No entanto há alguém
que, com suaves mãos,
todas as quedas detém.
Rainer Maria Rilke
In Senhor, é Tempo
Tradução e organização de
Karlos Rischbieter
Um comentário:
Tenho muito admiração pela poesia do Rilke, Dione. Ele traz (nas traduções em português e inglês por onde posso conhecê-lo) a insígnia da mais alta poesia, uma elegância, uma sabedoria. Seus poemas me inspiram.
Grande abraço.
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